Dr. Felipe Bicudo


Ala Vip - Entrevista
Fotos: Alex Pelicer

Dr. Felipe Bicudo

Cirurgião plástico fala sobre trajetória e área de atuação 



SEM LEGENDA

Paulistano que escolheu viver em São José do Rio Preto de forma definitiva depois de conhecer a cidade ao vir em busca do sonho de infância - o de se tornar médico -, Dr. Felipe Bicudo hoje tem a cidade como seu porto-seguro. “Quando saí de minha cidade natal, São Paulo, para vir cursar a FAMERP, deparei-me com uma cidade maravilhosa, que associava oportunidades, qualidade de vida e referência em saúde. Isso foi determinante para que escolhesse São José do Rio Preto como a cidade para viver”, explica o médico em entrevista concedida à Ala Vip Magazine. Casado com a médica dermatologista, Dra. Cíntia Marchi Bicudo, Dr. Felipe atua, junto à esposa, também em Votuporanga. “É a cidade onde ela nasceu e cresceu. Por isso temos um relacionamento especial também com esse município, e atuamos lá com muito prazer e orgulho”, revela. Atuando em todas as vertentes da cirurgia plástica, área que escolheu tanto pela possibilidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas, quanto pelos exemplos de grandes mestres durante a graduação, especializou-se em transplantes de cabelo para calvície. Confira um pouco da opinião do médico a respeito de alguns tópicos sobre a área:


Como foi sua escolha pela medicina e pela área de cirurgia-plástica?
Desde menino, sempre dizia que quando adulto seria médico. Assim, persisti em meu sonho. Tive a felicidade de me formar em uma das mais renomadas faculdades de medicina do país, a FAMERP. Durante os anos de faculdade, a cirurgia plástica sempre me chamou a atenção, devido à possibilidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Isso, aliado ao exemplo de grandes mestres, foi decisivo para a minha escolha.

Depois de anos de experiência profissional, como analisa a área?
A Cirurgia Plástica é uma área fascinante e extremamente versátil, com vários campos de atuação. Apesar do número de cirurgiões plásticos ter crescido bastante, ainda é uma das especialidades mais concorridas da Medicina.

Do ponto de vista global, o Brasil é considerado um dos principais países na cirurgia plástica. De que forma analisa tais patamares?
Isso se deve a dois fatores. O primeiro: envolve a excelência da técnica dos cirurgiões plásticos brasileiros, com grandes nomes de destaque mundial. O segundo: o fato de vivermos em um país de clima tropical, com maior exposição corporal, faz com que busquemos um equilíbrio em nosso corpo. Assim, é uma consequência sermos campeões no número de cirurgias plásticas.

Em décadas passadas, a cirurgia plástica ocorria quase de forma restrita a casos que envolviam anormalidades, ou que comprometessem a saúde. Na sua opinião, de que forma e por que, hoje em dia, a cirurgia plástica é muito mais comum e acessível?
No passado, realizar o sonho de uma cirurgia plástica era para poucos. Hoje, graças à informação acessível, que desmistificou muitos procedimentos, aliada ao aumento da expectativa de vida - que impulsionou o conceito de um envelhecer saudável -, permitiu-se que o sonho se aproximasse da realidade. No entanto, é importante salientar que, apesar de mais acessível, ela não deve ser banalizada. A cirurgia plástica deve ser realizada por médico devidamente capacitado e especializado na área, com reconhecimento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, e a indicação cirúrgica e escolha da técnica devem ser, criteriosamente, avaliadas pelo médico especialista, de acordo com aquilo que o paciente se queixa e dentro das possibilidades de cada caso.

Quais os principais procedimentos cirúrgicos que atualmente são realizados?
O ranking dos procedimentos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostra a abdominoplastia e a prótese de mama como procedimentos muito procurados. Porém, o principal é a lipoaspiração isolada, ou associada a outras cirurgias. Além desses procedimentos, também realizo bastante a cirurgia de transplante de cabelos para a calvície, área em que me especializei.

Como é atuar em São José do Rio Preto e Votuporanga?
Escolhi atuar na região pelo carinho com que fui acolhido. Quando saí de minha cidade natal, São Paulo, para vir cursar a FAMERP, deparei-me com uma cidade maravilhosa, que associava oportunidades, qualidade de vida e é referência em saúde. Isso foi determinante para que escolhesse São José do Rio Preto como a cidade para viver. Já Votuporanga é a cidade onde minha esposa nasceu e cresceu. Por isso temos um relacionamento especial com ambas e atuamos lá com muito prazer e orgulho.

Como é a relação senso e ética versus possíveis expectativas contraditórias de pacientes e como lidar com esses que, possivelmente, sonham em ficar parecidos com personalidades da mídia?
É comum o paciente trazer uma foto de um artista e pedir para ficar com o nariz daquela atriz ou o queixo daquela cantora. A primeira coisa sobre isso é que o cirurgião plástico tem que estar preparado para esse fato, pois não é incomum pacientes que possuem uma expectativa irreal do resultado. Como cirurgiões plásticos, devemos sempre estar atentos aos pacientes que possam apresentar tais expectativas. E, por isso, precisamos esclarecer, de maneira precisa, o que é o procedimento, quais os resultados e como podemos ajudá-los. 

Sobre pré e pós-operatórios, é comum ouvir dizer que a recuperação corresponde aos bons resultados. Quais seus conselhos a respeito?
Realmente o pós-operatório é tão importante quanto o procedimento em si. Quando o paciente realiza uma cirurgia, deve ser orientado quanto aos cuidados pós-operatórios. Cada cirurgia possui o seu pós-operatório e seus cuidados individuais. Cada cirurgião plástico tem sua conduta, sempre respeitando a individualização de cada paciente.

A respeito de transplante capilar, quais são os principais cuidados que o paciente deve ter no pós-operatório?
O transplante de cabelo é um procedimento que propicia resultado natural e agradável. Muitas vezes quem nos procura está triste com a aparência e essa cirurgia promove muita melhora na autoestima. O transplante pode ser realizado em quase todos os pacientes, desde que possuam uma área doadora suficiente. Contudo aqueles que não possuem área suficiente para um transplante podem realizar outros tratamentos que, combinados, trazem ótimos resultados. Como sempre digo para os pacientes: “Sempre há algo que podemos fazer para ajudar!”

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