Brinquedos
que marcaram gerações
e compõem a história dos 80 anos
da Estrela
Sinônimo de brinquedo no Brasil
desde 1937, a Estrela está presente na memória de quem é ou foi criança,
formando gerações na convivência com bonecas, carrinhos, jogos, bolas, pelúcias
e outros produtos comercializados pela marca. Para comemorar o aniversário
de 80 anos, em 2017, a empresa leva seu museu com cerca de 400 peças para a
Feira de Brinquedos ABRIN, que acontece de 21 a 24 de março no Expo Center
Norte.
Numa viagem pela mostra será
possível identificar até a própria evolução da sociedade em termos costumes,
moda, meios de transportes, tecnologia, etc. Quantas meninas quiseram brincar
de ser a Susi, quantos garotos não desejaram ter um Autorama que ocupasse seu
quarto inteiro ou torceram para ganhar de Natal um carro radio-controlado como
o Colossus, sucesso dos anos 80.
Estrela já produziu 25 mil
artigos diferentes e contabiliza hoje mais de 1,2 bilhão de itens vendidos,
entre clássicos que fizeram parte da infância de muitos brasileiros. Afinal,
quem não se lembra dos possantes Máximus, Colossus, Stratus e Pégasus, Falcon,
Comandos em Ação, Topo Gigio, das bonecas Mãezinha, Gui Gui e Bate Palminha, do
jogo Aquaplay. Sem contar o Vertiplano, o helicóptero mais desejado de década
de 80.
Confira destaques de décadas:
Anos 30
Ao iniciar suas atividades, em
1937, a empresa era uma modesta fabricante de bonecas de pano e carrinhos de
madeira. Entre as preciosidades desta mostra está uma das primeiras bonecas
produzidas no Brasil, medindo 38 cm, com corpo de tecido e rosto de massa.
Anos 40
Na década de 40, a companhia
apresentou o primeiro brinquedo de madeira com movimento e som fabricado no
país: o Cachorro Mimoso. Logo depois, vieram outros lançamentos
importantes como o jogo Pega Varetas, cuja primeira versão data do século
V a.C., e o Banco Imobiliário (lançado em 1944), o mais vendido jogo de
tabuleiro do mundo. É também dessa década o lançamento de massa de
modelar Estrela (1946).
Anos 50
As bonecas, que até o final dos
anos 40 eram feitas em uma massa inquebrável, passaram a ser de plástico a
partir da Pupi, uma boneca articulada de poliestireno que “dormia e
chorava”, lançada no início da década de 50. Pupi também ganhou uma
versão Palhaço (1954), no mesmo material.
Bebê que anda (1951) é um dos primeiros bebês com movimento. Lançado na
década de 50, ele andava graças a uma engrenagem de ferro. Na mesma década, as
meninas também contaram com a Bonequinha Plastrela, feita de plastiflex,
uma revolucionária matéria-prima da época.
Vieram em seguida, na própria
década de 50, os bichinhos e bonecos de vinil, mais flexíveis, indicados para
crianças pequenas e bebês. Ainda em 1952 começaram a ser fabricadas maquininhas
de costura que costuravam de verdade. Os produtos de madeira mantinham
destaque especial.
Anos 60
Nos anos 60 a linha foi ampliada
com muitos lançamentos inovadores, como a primeira boneca mecânica, a Gui
Gui, que ”ria” quando a criança abria e fechava seus braços. Também é dessa
época a Beijoca, que “soltava beijinhos” e a Amiguinha, que ficou
famosa por seu tamanho – 90 centímetros.
A Estrela introduziu, nesse
período, outro conceito de grande sucesso, o de fashion doll, com a Susi (1966),
uma boneca querida por diversas gerações de meninas brasileiras até 1985,
quando deixou de ser fabricada, com mais de 20 milhões de unidades
distribuídas. Voltando a ser lançada em 1997.
Algumas bonecas tematizadas foram
lançadas nessa década, tais como: Mary Poppins (1966), baseada na
personagem principal do admirável filme de Walt Disney de mesmo nome; Miss
Universo 63, uma homenagem à gaúcha Ieda Vargas, considerada a eterna miss
universo brasileirsa, Wandeka, inspirada na cantora Wanderléia, a rainha
da Jovem-Guarda e Tremendão, que fazia alusão ao cantor Erasmo Carlos.
Outra inovação da Estrela foi o
lançamento de brinquedos elétricos, dentre os quais é marcante o Autorama,
na década de 60, com pistas de corrida e carrinhos para desafiar a habilidade
dos garotos. Este lançamento foi tão importante que virou sinônimo de categoria
(hoje está em quase todos os dicionários brasileiros).
Anos 70
Em 1970 chegou ao mercado a Flexy,
uma miniboneca totalmente flexível. Pepa (1979), foi outra boneca
que representou um personagem de TV (Pepita Rodrigues, em novela da Rede
Globo). São dessa década muitos lançamentos de produtos, queridos até hoje,
tais como: Bebê Gatinhando (1970), Feijãozinho (1973), Mãezinha
(1971), Amelinha (1972), Lalá e Lulu (1973), Emília
(1978), Bailarina (1979), jogo Du-Elo (1974), Buggy Biruta
(1972), entre outros. Houve também o ratinho Topo Gigio, um estrondoso
sucesso de 1970, personagem de um programa de tv.
A Estrela passou a trabalhar o
conceito de figuras de ação nessa década. Essa categoria teve seu marco
com o lançamento do Falcon (1977), o primeiro boneco para meninos.
No final dos anos 70, surgiram os
carros radiocontrolados, que teve o Stratus (1979) como o primeiro
modelo lançado.
Anos 80
Em 1980, mais um marco do
ineditismo: a chegada do Genius, na época conhecido como “o computador
que fala”, primeiro brinquedo eletrônico do país, e agora relançado pela
Estrela em versão mais tecnológica. Seguido de Merlin (1981), outro jogo
eletrônico que marcou época. Ar-Tur foi um robô que virou mania no
início da década de 80, com automovimento.
Pégasus, de 1984, foi outro carro radio-controlado de sucesso,
seguido de Colossus (1985). Veículos interessantes também lançados
na década de 80 foram: Dragão (1987), Trombada (1987), Anfíbius
(1989) e Elastikon (1988).
O retorno de Pedrita e Bam-Bam
(1981) à coleção também marcou época (produtos originalmente lançados na década
de 60 pela Estrela). Em 1985, uma das coqueluches entre as meninas foi a boneca
Quem me Quer. Mais um destaque foi Snif Snif (1986),
cachorro em pelúcia que encantou as crianças da época. Além disso,
deve-se salientar o cãozinho Abelhudo (1982), o Snoopy (1984), a Ambulância
do Dr Saratudo (1985), o jogo Boca Rica (1984) e o Elo Maluco (1981).
A eletrônica foi incorporada às
bonecas, que passaram a ser mais interativas em modelos como a Amore, a
primeira boneca eletrônica do Brasil, a Bate Palminha, que cantava
quando suas mãos se juntavam, e a Tchibum (1986), boneca que “nadava” de
verdade. Em 1985, os cabelos de boneca passaram a ser feitos de nylon.
A partir das séries televisivas de
sucesso entre os garotos, mais figuras de ação foram lançadas, dentre elas Comandos
em Ação (1985) e outros personagens da TV como He Man (1986).
Anos 90
Entre as inovações que causaram
maior frisson está a Sapequinha (1996), primeira boneca a utilizar fibra
óptica e foto sensor para “perceber” a aproximação da criança. Dancin’Flor
(1990) é uma flor dançante, que fez muito sucesso. A Patrulha do
Focinho, de 91, uma turma de cachorrinhos que mudavam de feições foi outro
marco da Estrela.
As bonecas Bolachinha
(1992) e Zic Zac (1991) foram também produtos consagrados pelo mercado
consumidor, bem como o jogo Batata Quente (1990). Outros produtos com
enorme aceitação na época foram o jogo Galinha Maluca (1991) e o robô Trony
(1994).
2000
Jogo renovados, repaginação de
clássicos como Banco Imobiliário, entre outras novidades, fizeram parte
dessa década. Muitas gerações já ficaram milionárias ou foram à falência em um
tabuleiro de Banco Imobiliário, se casaram e tiveram filhos no Jogo da Vida,
e descobriram que o assassino era o Coronel Mostarda, em Detetive.
A Estrela marcou presença nos
primeiros anos das crianças com brinquedos educativos e ao mesmo tempo cheios
de diversão para esse público. Fazem parte da história o Coelho Jojô, Laptop
Educativo e Andador do Bebê.
De carona nos Jogos Olímpicos de
2008, a Estrela provou também ser high tech, com o simulador de provas
olímpicas e o palm top da Susi, entre outros.
2010
A iniciativa da Estrela de atrelar
os elementos eletrônicos a seus tradicionais jogos de tabuleiro começou em
2010, quando o Super Banco Imobiliário, lançado em meados de julho, fez
tanto sucesso que vendeu quatro vezes mais do que a previsão inicial da
empresa. Na brincadeira, as notinhas de papel do jogo, que está no mercado brasileiro
desde 1944, foram substituídas por cartões de crédito e débito e uma maquininha
que realizava as operações financeiras das partidas.
Brinquedos colecionáveis da
Estrela também fazem sucesso. De quebra-cabeças a releituras de personagens da
Disney, a Estrela tem investido em produtos voltados tanto para o
entretenimento quanto para o hobby de colecionar. Para crianças e adultos fãs
de cultura pop e arte foi criada a linha de quebra-cabeças com obras
assinadas por Tarsila do Amaral e Gustavo Rosa, além de imagens
icônicas dos Beatles. Cada tema tem três quebra-cabeças diferentes, em
500, 1000 e 2000 peças.
Na categoria de pelúcias,
Michelangelo, Donatello, Leonardo e Raphael compõem a coleção Tartarugas
Ninja. Os irmãos mutantes medem 45 cm e têm caixas individuais.
Também em pelúcia, os Tsum Tsum, releituras de personagens da Disney,
foram feitos para empilhar e colecionar. Fofos, cilíndricos e engraçados, o
Mickey, Minnie, Pato Donald, Alice, Pooh – e diversos outros personagens de
desenhos clássicos e filmes – chegam em 11 cm e 30 cm.
Sobre a Estrela
Aos 80 anos de história, a
Brinquedos Estrela possui uma trajetória marcada por qualidade e pioneirismo.
Maior fabricante de brinquedos do Brasil, com três fábricas espalhadas pelo
País, hoje a marca tem ampla atuação nas redes sociais, com manuais online de
cada lançamento, em sintonia com a linguagem da nova geração de crianças
conectadas, que querem criar, compartilhar e interagir. O posicionamento
moderno da Estrela também fica evidente em seus recentes lançamentos, que vem
convergindo a experiência física e a digital, como os jogos de tabuleiro
Detetive, Banco Imobiliário e Jogo da Vida com aplicativo, além do Stikbot, que
permite a produção de filmes. Fazem parte do seu portfólio ícones como a boneca
CupCake Surpresa, Ferrorama, Genius, Aquaplay, Cilada, entre outros.